Iniciou a carreira no início da
década de 1950 apresentando-se em programas de calouros
como a "Hora dos comerciários", na Rádio Tupi. Atuou em
seguida como crooner em diversas boates do Rio de
Janeiro. Gravou o primeiro disco pelo selo Carnaval em
1951 com o samba "Saia branca", de Geraldo Medeiros e a
marcha "Ai, que carestia!", de Victor Simon e Liz
Monteiro. Em 1952, transferiu-se para São Paulo onde
cantou como "crooner" nas boates Oásis e Arpége, além de
apresentar-se na Rádio Excelsior. Sua capacidade de
interpretar canções em inglês impressionou o futuro
empresário Di Veras, que lhe criou aos poucos uma
estratégia de marketing da qual fazia parte a maneira de
se trajar, o repertório e atitudes nos palcos. Em 1953,
gravou dois discos pelo selo Todamérica com os sambas-canção
"Tudo lembra você", de Marvel, Strachey, Link e Mário
Donato; "O teu beijo", de Sílvio Donato e "Ando sozinho",
de R. G. de Melo Pinto e Hélio Ramos e a toada-baião
"Aula de amor", de Poly e José Caravaggi, com
acompanhamento de Poly e seu conjunto. Ainda nesse ano,
assinou contrato com a gravadora Columbia na qual
estreou no ano seguinte com o samba "Palácio de pobre",
de Alfredo Borba e José Saccomani e a marcha "Criado
mudo", de Alfredo Borba. Em seguida, fez sucesso com o
slow-fox "Blue gardênia", de B. Russel e L. Lee com
versão de Antônio Carlos, música tema do filme de
Hollywood de igual título, que lhe abriu as portas para
o estrelato.

Em pouco tempo o cantor se transformou em
ídolo do rádio. Entrou para o cast da Rádio Nacional no
mesmo ano. Dois anos depois, já era o cantor mais famoso
do rádio, substituindo o fenômeno Orlando Silva de 20
anos antes, passando a ser perseguido pelas fãs em
qualquer lugar onde estivesse. Muitas vezes, chegava a
ter suas roupas rasgadas pelas admiradoras mais
veementes, fenômeno inicialmente muito bem planejado
pelo empresário Di Veras, como estratégia de marketing.
Ainda em 1954, gravou também os sambas-canção "Só desejo
você", de Di Veras e Osmar Campos Filho e "Triste
melodia", de Chocolate e Di Veras e a marcha "Daqui para
a eternidade", de R. Wells, F. Karger e Lourival Faissal.

Em 1955, lançou "Blue gardênia", seu primeiro LP no qual
interpretou entre outras, a música título; "Triste
melodia", de Di Veras e Chocolate; "Um sorriso e um
olhar", de Di Veras e Carlos Lima; "Sem porém nem porque",
de Renato César e Nazareno de Brito e "Final de amor",
de Cidinho e Haroldo Barbosa. Ainda em 1955, foi
escolhido pelo crítico Silvio Túlio Cardoso através da
coluna "Discos populares" escrita por ele para o jornal
O Globo como o "melhor cantor do ano" recebendo como
prêmio um "disco de ouro" entregue em cerimônia no
Goldem Room do Copacabana Palace. Em meados dos anos
1950, fez excursões aos Estados Unidos, onde gravou
várias faixas com o nome Ron Coby, tentando uma carreira
internacional que acabou não acontecendo, apesar de ter
gravado com um dos grandes maestros da época, Percy
Faith. Em 1955, o cronista Louis Serrano do jornal O
Globo em sua coluna "Cartas de Hollywood" escreveu sobre
ele:

"Quem tem recebido elogios rasgados por aqui, é o
jovem e modesto Cauby Peixoto. Não posso deixar de trazê-lo
muitas vezes à minha coluna, sabendo como por aí devem
estar seguindo os passos deste cantor que veio aqui
gravar e está despertando tanto interesse que agora
mesmo um caçador de talentos do Arthur Godfrey Show, de
Nova York, anda procurando-o por toda a parte. É que
Cauby veio para um hotel de Hollywood, o Knicherbocker,
para ficar mais perto dos estúdios de gravação da
Columbia! Se Cauby tivesse vindo para ficar, estou certo
de que depois das apresentações iniciais que tive o
gosto de lhe fazer e os contactos que lhe proporcionei,
já teria um bom contrato. Mas o tempo limitado o tem
feito perder boas propostas. "Too bad". Em 1956, gravou
três LPs. Em "Você, a música e Cauby" lançou o grande
sucesso do ano e sua interpretação mais famosa, o samba-canção
"Conceição", de Jair Amorim e Dunga.Do mesmo LP faziam
parte ainda "Siga", de Hélio Guimares e Fernando Lobo e
"Molambo", de Jayme Florence e Augusto Mesquita. No LP
"O show vaI começar" interpretou "Volta ao passado", de
Fernando César; "Acaso", de Othon Russo e Nazareno de
Brito; "Amor não é brinquedo", de Ibraim Sued e Mário
Jardim e "Se adormeço" e "Piano velho", de Herivelto
Martins e David Nasser. Ainda nesse ano, participou do
filme "Com água na boca" no qual interpretou seu grande
sucesso "Conceição".

Gravou em 1957, pela RCA Victor, o LP "Ouvindo Cauby" no
qual interpretou canções clássicas: "Nada além", de
Custódio Mesquita e Mário Lago; "Chora cavaquinho", de
Dunga; "Deusa da minha rua", de Jorge Faraj e Newton
Teixeira; "Serenata", de Sílvio Caldas e Orestes Barbosa;
"As três lágrimas", de Ary Barroso; "Flor do asfalto",
de J. Thomaz e Orestes Barbosa; "Na aldeia", de De
Chocolat, Carusinho e Sílvio Caldas e "As pastorinhas",
de João de Barro e Noel Rosa. No mesmo ano, saiu da
Rádio Nacional, transferindo-se para a Rádio Tupi. Ainda
nesse ano gravou em disco de 78 rpm o samba "Nono
mandamento", de René Bittencourt e Raul Sampaio que se
constituiu em novo sucesso de sua carreira. Participou
também dos filmes "Com jeito vai", cantando "Melodia do
céu"; "Chico Fumaça", cantando "Onde ela mora" e "Metido
a bacana", interpretando "O teu cabelo não nega".

Em 1958, lançou dois LPs, um pela gravadora RCA Victor e
outro pela Columbia.
No LP "Música e romance", da RCA
Victor cantou entre outras "Não fale de mim", de
Fernando César; "Onde ela mora", de Lourival Faissal; "Melodia
do céu", de Di Veras e Haroldo Eiras e "Você e eu", de
Ibrahim Sued e Mário Jardim. Já em "Nosso amigo Cauby",
lançado pela Columbia, gravou "Quero você", de Paulo
Tito e Ricardo Galeno; "Bela Napoli", de Bruno Marnet; "Insônia",
de Mário Albanese e Heitor Carrilho; "Viver sem você",
de Fernando César e "Foi a noite", de Newton Mendonça e
Tom Jobim. Ainda nesse ano, atuou nos filmes "De pernas
pro ar", cantando "Nono mandamento"; "Minha sogra é da
polícia", cantando "That's rock" e "Jamboreé", cantando
"El toreador" e obteve novo êxito com o samba-canção "Prece
de amor", de René Bittencourt. Nos Estados Unidos, onde
foi tema de reportagens nas revistas "Time" e "Life"
como o "Elvis Presley Brasileiro", em 1959, fez
temporada de 14 meses, onde gravou em inglês "Maracangalha",
de Dorival Caymmi, com o título de "I Go". No mesmo ano,
lançou o LP "Seu amigo Cauby cantando pra você" no qual
gravou "Tará-tá-tá", de Geraldo Medeiros; "Maldição", de
Fernando César e Britinho; "Noite", de Raul Sampaio;
"Carioca 58", de Bruno Marnet e Ari Monteiro e "Inveja",
de Zé da Zilda e Zilda do Zé.

Gravou em 1960 o LP "O sucesso na voz de Cauby Peixoto"
que marcou seu retorno para a RCA Victor. Nesse LP
cantou entre outras, "Conversa", "Alguém me disse" e "Só
Deus", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia; "A felicidade",
de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e "Covarde", de
Lourival Faissal. Lançou dois LPs pela RCA Victor em
1961. No primeiro, "Perdão para dois" cantou músicas
como a que dá título ao disco de Alfredo Corleto e
Palmeira; "Palavra que faltou" e "Eterno sono", de
Adelino Moreira; "Minhas namoradas", de Oto Borges e
Paulo Borges; "Ela disse-me assim", de Lupicínio
Rodrigues e "Granada", de Agustin Lara. No outro LP, "Cauby
canta novos sucessos", interpretou "Perdoa-me pelo bem
que te quero", de Waldir Machado; "Exemplo", de
Lupicínio Rodrigues; "Alma de boêmio", de Benedito
Seviero e Tião Carreiro; "Brigas", de Toso Gomes e
Umberto Silva; "Amar foi minha ruína", de Jayme Florence
e Augusto Mesquita e "O nosso olhar", de Sérgio Ricardo.

No ano seguinte gravou "Canção que inspirou você", de
Toso Gomes e Antônio Correia que deu nome ao LP lançado
por ele naquele ano e que tinha ainda "Samba do avião",
de Tom Jobim; "A vida continua", de Jair Amorim e Evaldo
Gouveia; "Poema da luz", de Maria Helena Toledo e
Nelsinho e "Vou brigar com ela", de Lupicínio Rodrigues.
Gravou o LP "Tudo lembra você", com a música título
sendo uma versão de "These foolish things". No mesmo
disco gravou "Tamanco no samba", de Orlandivo e Hélton
Menezes; "Canção que nasceu do amor", de Clóvis Melo e
Rildo Hora; "Meu amor, minha maldade", de Clóvis Melo e
Rildo Hora e "Ave Maria dos namorados", de Jair Amorim e
Evaldo Gouveia.

Em 1964, abriu a famosa boate Drink, no Leme, em
Copacabana, ao lado dos irmãos Moacyr, pianista, Arakén,
trompetista e Andyara, cantora, apresentando-se em seu
palco por quatro anos. Nesse ano, gravou o LP "Cauby
interpreta" no qual cantou "Berimbau", de Baden Powell e
Vinícius de Moraes; "Só quis você", de Roberto Menescau
e Ronaldo Bóscoli; "Desilusão", de Ted Moreno; "Nosso
cantinho", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia; "Amor demais",
de Ed Lincoln e Sílvio César e "Lamento negro", de
Orlandivo e Roberto Jorge. Em 1965, gravou o LP "Porque
só penso em ti", música título, que assim como as outras
11 do disco eram de autoria da dupla Jair Amorim e
Evaldo Gouveia, entre as quais, "Existe alguém"; "Minha
serenata" e "Que queres tu de mim". Logo em seguida
lançou o LP "Cauby canta para ouvir e dançar", com
destaque para "Samba de verão", de Paulo Sérgio Valle e
Marcos Valle; "Balançafro", de Luiz Bandeira e "Garota
de Ipanema", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, uma das
primeiras gravações desse clássico da MPB.

Em 1968, gravou ao vivo na Boate Drink o LP "Um Drink
com Cauby e Leny", com a amiga e cantora Leny Eversong
no qual cantaram entre outras, "Samba do avião", de Tom
Jobim; "Lady be good", de Cole Porter; "Viola enluarada",
de Paulo Sérgio Valle e Marcos Valle; "É de manhã", de
Caetano Veloso e "Devagar com a louça", de Haroldo
Barbosa e Luiz Reis. No ano seguinte, lançou pelo selo
Fermata o LP "O explosivo Cauby", no qual interpretou "O
que será de mim", de sua autoria; "Stella", de Fábio e
Paulo Imperial; "Dalila", de Mason e Reed; "História
comum", de Michel Butnariu e Juvenal Fernandes e "Zíngara".

Nos anos 1970 continuou fazendo shows em boates, mas
viveu certo ostracismo na mídia, apesar de ter vencido,
em 1970, o Festival de San Remo na Itália com a canção "Zíngara",
de R. Alberteli, com versão de Nazareno de Brito. Nesse
mesmo ano, atuou no filme "O donzelo", cantando a música
"Vagador". Em 1971, participou do VI FIC da TV Globo,
defendendo a canção "Verão vermelho", de Sérgio Ferreira
da Cruz. Gravou pela Odeon em 1972 o LP "Superstar", com
destaque para "Valsinha", de Chico Buarque e Vinícius de
Moraes; "Detalhes", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos; "Prá
você", de Sílvio César; "Os argonautas", de Caetano
Veloso e "Se todos fossem iguais a você", de Tom Jobim e
Vinícius de Moraes.

Em 1974, participou, ao lado da cantora Marlene, da
série radiofônica "MPB-100 ao vivo", transmitida em
cadeia nacional pelo Projeto Minerva, da qual resultaram
oito elepês, produzidos pelo apresentador da série, R.
C. Albin. Dois anos depois gravou pelo selo Som Livre o
LP "Cauby" no qual cantou "Duas contas", de Garoto; "Cansei",
de Raul Sampaio e Celso Castro; "A volta do boêmio", de
Adelino Moreira; "O que foi que eu fiz", de Augusto
Vasseur e Luiz Peixoto; "Perdão Mangueira", de Rutinaldo
e Adelino Moreira e "Onde anda você", de Hermano Silva e
Vinícius de Moraes.

Em 1979, participou do Projeto Pixinguinha da Funarte,
ao lado de Zezé Gonzaga, apresentando-se em Vitória, ES,
e Recife, PE. Nesse ano, lançou também pela Som Livre
outro LP intitulado apenas "Cauby" no qual interpretou
canções como "Outra vez", de Isolda; "Velas ao vento",
de Benito di Paula; Pode chegar", de Piska; "Medo de
amar", de Tite Lemos e Sueli Costa; "Gosto de maçã", de
Wando e "Amor dividido", de Sidney da Conceição e Luiz
Ayrão. Em 1980, sua carreira foi revitalizada com a
gravação de "Bastidores", de Chico Buarque e "Loucura",
de Joanna e Sarah Benchimol, ambas faixas do elepê "Cauby!
Cauby!", que comemorou seus 25 anos de carreira. A
música título desse disco foi composta especialmente
para ele por Caetano Veloso. Também constaram desse LP
as músicas "Dona culpa", de Jorge Ben; "Oficina", de Tom
Jobim; "Brigas de amor", de Erasmo Carlos e Roberto
Carlos e "Não explique", de Eduardo Dusek. A partir de
então, voltou a receber convites para se apresentar em
palcos de maior prestígio.

Ao lado da cantora, e também amiga, Ângela Maria, gravou
dois discos nos anos de 1982 e 1992, quando se
apresentaram juntos várias vezes em shows montados no
Teatro Casa Grande. O primeiro deles foi sugerido por R.
C. Albin e dirigido por Augusto César Vanucci. Em 1982,
lançou com Ângela Maria o LP "Ângela e Cauby" no qual
interpretaram "Começaria outra vez", de Gonzaguinha; "Eu
não existo sem você", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes;
"Matriz ou filial", de Lúcio Cardim; "Como vai você", de
Mário Marcos e Antônio Marcos, entre outras. Ainda nesse
ano, lançou o LP "Estrelas solitárias", que trazia além
da música título, de Gonzaguinha, obras como "Tortura",
de Florbela Espanca e Fagner; "Gosto final", de Johnny
Alf; "História de amor", de Ivan Lins; "Luiza", de Tom
Jobim e "Tua presença", de Mauricio Duboc e Carlos Colla.

Gravou dois LPs pela Top Tape em 1986, "Cauby",
interpretando "Spot light", de Maurício Duboc e Carlos
Colla; "Polaróide", de Abel Silva e Cláudio Nucci; "O
ébrio", de Vicente Celestino; "Ternura", de Lyrio
Panicalli e Amaral Gurgel e "Eterno rouxinol", de Abel
Silva e Sueli Costa. Já no LP "Cauby Peixoto - Só
sucessos", cantou hits como "Conceição", de Dunga e
Evaldo Gouveia; "Solidão", de Dolores Duran; "Folha
morta", de Ary Barroso; "Força estranha", de Caetano
Veloso e "Flor de lis", de Djavan. Em 1988 participou do
LP duplo "Há sempre um nome de mulher", também produzido
por R. C. Albin para a Campanha do Aleitamento Materno
premiado pelo Banco do Brasil, e do qual se venderam 600
mil cópias, apenas no Banco do Brasil. No ano seguinte,
lançou pelo selo Fama/CID o LP "Cauby é show" cantando,
entre outras, "A noite do meu bem", de Dolores Duran; "Ilusão
à toa", de Jonny Alf; "Pianista", de Ari Monteiro e
Irany de Oliveira; "Cabelos brancos", de Herivelto
Martins e Marino Pinto; "Último desejo", de Noel Rosa e
"Negue", de Enzo Passo e Adelino Moreira.
Em 1991, gravou o LP "Grandes emoções" pela Polydisc no
qual cantou "New York, New York", de Ebbe Kander; "Vida
de bailarina", de Américo Seixas e Chocolate; "Faz parte
do meu show", de Ladeira e Cazuza e um pot-pourri com "Cavalgada",
"Detalhes" e "Emoções", de Roberto Carlos e Erasmo
Carlos. No ano seguinte, gravou com Ângela Maria pela
BMG Ariola o CD "Ângela e Cauby ao vivo", no qual
cantaram músicas como "Nem eu", de Dorival Caymmi; "Carinhoso",
de Pixinguinha e João de Barro; "Ave Maria no morro", de
Herivelto Martins; "Canta Brasil", de David Nasser e
Alcyr Pires Vermelho e "Lábios de mel", de Waldir Rocha.
Em 1992, participou do filme "O corpo", cantando a
música "Blue gardenia".

Em 1993, foi homenageado juntamente com Ângela Maria na
festa de entrega do Prêmio Sharp, para os melhores da
MPB. Em 1995, gravou pela Som Livre o CD "Cauby canta
Sinatra" ao lado de grandes nomes da MPB como Caetano
Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Zizi Possi, e de uma
estrela internacional, Dionne Warwick, interpretando
clássicos da carreira do cantor norte americano. Fez uma
particpação no filme "ED Mort" em 1997 cantando "Bastidores".
Em 1998, a Polydisco lançou o CD "20 super sucessos - O
professor da MPB - Cauby Peixoto", com seu sgrandes
sucessos. Em 1999, gravou o CD "Cauby canta as mulheres",
só de canções cujos títulos são nomes de mulheres, tais
como: "Izabella", de Billy Blanco; "Lígia", de Tom Jobim;
"Doralice", de Antônio Almeida e Dorival Caymmi; "Dindi",
de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira e "Laura", de João de
Barro e Alcyr Pires Vermelho.

Seus grandes sucessos continuam a ser: "Conceição", de
Jair Amorim e Dunga; "Blue gardenia", de B. Russel e L.
Lee, com versão de Antônio Carlos; "A pérola e o rubi"
(The ruby and the pearl), de Jay Livingston e R. Evans,
com versão de Haroldo Barbosa; "Molambo" de Jayme
Florence e Augusto Mesquita, "Nono mandamento", de René
Bittencourt e Raul Sampaio; Tarde fria", de Angelo
Apolônio e Henrique Lobo, "Ninguém é de ninguém", de
Umberto Silva e Toso Gomes, com versão de Luiz Mergulhão,
"Bastidores" de Chico Buarque e "New York, New York", de
John Kander e Fred Ebb.

Em 2000, lançou o CD "Meu coração é um pandeiro", pela
Som Livre interpretando "Eu canto samba", de Paulinho da
Viola; "Quem te viu, quem te vê", de Chico Buarque; "Acreditar",
de Ivone Lara e Délcio Carvalho; "Festa da vinda", de
Nuno Veloso e Cartola; "Morena boca de ouro", de Ary
Barroso e "Kizomba (A festa da raça), de Jonas, Rodolfo
e Luiz Carlos da Vila.

Ao longo de sua carreira, recebeu homenagens de muitos
compositores que fizeram músicas especialmente para ele
cantar, entre eles: Benito Di Paula com "Velas ao vento",
Joanna com "Loucura", Tom Jobim com "Oficina", Jorge
Benjor, "Dona culpa", Roberto e Erasmo Carlos, "Brigas
de amor", Eduardo Dusek, "Não explique", Caetano Veloso;
"Cauby! Cauby!", Carlos Dafé, "Onde foi que eu errei" e
João Roberto Kelly, "Mistura". "Bastidores", seu grande
sucesso nos anos 1980 e uma das canções que ele mesmo
diz mais gostar, foi composta por Chico Buarque
originalmente para ser gravada por sua irmã, Cristina
Buarque. No entanto, devido ao enorme sucesso dessa
música em sua voz, poucos são os que acreditam que esse
samba com tons de bolero não tenha sido feito
especialmente para ele. Gravou, desde 1951, 61 discos de
78 rpm, seis elepês 33 1/2 rpm de 10 polegadas, 51
elepês 33 1/2 rpm de 12 polegadas, 25 compactos simples
de 33 1/2 e 45 rpm, 19 compactos duplos de 33 1/2 e 45
rpm, 32 K7s e mais de 20 CDs. Em 2002, foi lançada uma
biografia autorizada, "O astro da canção", escrita pelo
jornalista Rodrigo Faour. Nesse ano, apresentou-se com
Ângela Maria no Teatro Rival BR em temporada que durou
duas semanas. Na ocasião, interpretou sucessos seus como
"Blue gardênia", "Conceição" e "Bastidores".

Em 2003, aos 73 anos, estreou na casa de shows "Canecão",
no Rio de Janeiro onde nunca havia cantado. Na ocasião,
lançou também o CD "Cauby Peixoto graças a Deus", com
direção e produção de João de Aquino interpretando "Noite
de paz", de Dolores Duran, "O menino de braçanã", de
Luiz Vieira, "Deus me perdoe", de Humberto Teixeira e
Lauro Maia e "Se eu quiser falar com Deus", de Gilberto
Gil, além do seu grande hit "Conceição", ovacionado pelo
público. Nesse mesmo ano, apresentou no teatro Rival BR
o show "Vozes" com a cantora Selma Reis. Em 2004, foi
indicado para o Prêmio Tim em cinco categorias. Nesse
ano, fez show no Bar do Tom, em Ipanema mostrando seus
últimos trabalhos. Em 2006, foi homenageado com o
espetáculo musical "Cauby", uma superprodução com dez
atores, cinco músicos, cenários de Daniela Thomas e 120
figurinos, escrito e dirigido pelo dramaturgo Flávio
Marinho, no qual cantor foi interpretado pelo ator Diogo
Vilela, estreou em julho no Teatro Ginástico no centro
da cidade do Rio de Janeiro. Ainda nesse ano, lançou o
CD "Cauby canta Baden" no qual interpretou onze
composições de Baden Powell, e ntre as quais, "Apelo", "Lapinha",
"Pra que chorar", "Samba triste", "Violão vadio", "Canção
do amor um só", "Mistério", e "Samba em prelúdio". Em
abril de 2007, o texto do musical "Cauby, Cauby", de
Flávio Marinho foi lançado em livro resultando em
celebração ao cantor. Nesse ano, recebeu dois prêmios
Tim.

Melhor cantor na categoria "Canção popular" pelo CD
"Eternamente Cauby Peixoto - 55 anos de carreira" da
Atração Fonográfica, e melhor cantor na categoria MPB
com o CD "Cauby canta Baden" da Editora Entrelinhas.
Ainda em 2007, venceu o Grammy Latino na categoria "Melhor
Álbum de Música Romântica" com o CD "Eternamente Cauby
Peixoto - 55 anos de carreira". Em 2009, lançou o CD "Cauby
interpreta Roberto", disco idealizado e produzido por
Thiago Marques Luiz para o selo Lua Nova no qual ele
interpretou 12 composições de Roberto Carlos e Erasmos
Carlos. Em reportagem do jornal O Globo sobre o disco,
assim escreveu o crítico Antônio Carlos Miguel: "As
interpretações de Cauby e os arranjos reaproximam essas
composições de suas fontes originais, pré bossa nova. "Música
suave" tem seu andamento de fox acentuado pelos metais;
"Desabafo" ganhou tituras de tango, realçadas por cordas
e bandoneon; "Não se esqueça de mim" vira uma seresta;
"A volta", um samba-canção; "O show já terminou", um
standard". Também fizeram parte do repertório do CD
músicas como "Olha", "Sentado à beira do caminho", "Proposta"
e "Seus botões".

O CD foi em São Paulo no programa "Metrópolis"
exibido pela TV Cultura, e em show no Sesc Vila Mariana
com ingressos esgotados. No show o cantor foi
acompanhado por Hanilton Messias, no piano, Eric Budney,
no baixo acústico, Ronaldo Rayol, no violão e guitarra,
Nahame Casseb, na bateria, e Marcelo Monteiro, no sax e
flauta, e violoncelo.

Em
2010, sua vida estava sendo objeto de um filme de longa
metragem, para o qual foram colhidos depoimentos de
artistas, críticos e jornalistas. Em 2010, fez no
Teatro Fecap, no bairo da Liberdade, em São Paulo oshow
"Cauby canta Sinatra" no qualinterpretou canções
imortalizadas na voz do cantor norte americano Frank
Sinatra. Foram dois shows sendo que no segundo foi feita
a gravação do Cd e DVD, além do primeiro blue-ray da
carreira do cantor. Nos shows, o cantor foi acompanhado
por oito músicos que realizaram uma série de treze
sessões de ensaios com ele. No mesmo período foi gravado
um especial para a TV Cultura de São Paulo. Em 2011,
para celebrar os seus 80 anos de nascimento foi lançada
uma caixa com três CDs intitulada "Cauby, o mito" que
incluiu a composição inédita "Minha voz, minha vida" de
Caetano Veloso. Nesses CDs, interpretou músicas como
"Guerreiro Menino (Um Homem Também Chora)", de
Gonzaguinha; "As Vitrines", de Chico Buarque;
"Fracasso", de Fagner; "Minha Voz, Minha Vida", de
Caetano Veloso; "Modinha", de Sergio Bittencourt; "Eu
Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda", de Lamartine Babo e
Francisco Mattoso; "Todo O Sentimento", de Cristóvão
Bastos e Chico Buarque; "O Que Tinha De Ser", de Tom
Jobim e Vinicius de Moraes; "Hoje", de Taiguara; "Pra
Dizer Adeus (Adieu)", de Edu Lobo e Torquato Neto, em
versão sua para o francês; "Lembra De Mim", de Ivan Lins
e Vitor Martins; "Viola Enluarada", de Marcos Valle e
Paulo Sergio Valle, e "A Voz Do Violão", de Francisco
Alves e Horácio Campos, entre outras. O segundo CD da
série, incluiu apenas gravações de músicas do conjunto
inglês The Beatles sendo intitulado como "Caubeatles".
Ainda em 2011, foi lançado pelo selo Discobertas em
convênio com o ICCA - Instituto Cultural Cravo Albin a
caixa "100 anos de música popular brasileira" com a
reedição em 4 CDs duplos dos oito LPs lançados com as
gravações dos programas realizados pelo radialista e
produtor Ricardo Cravo Albin na Rádio MEC em 1974 e
1975. No volume 3 estão incluídas suas interpretações
para os sambas "Ave Maria no morro" e "Lapa", de
Herivelto Martins, e para os sambas-canção "Vingança",
de Lupicínio Rodrigues, e "Lábios que eu beijei", de J.
Cascata e Leonel Azevedo. Ainda por conta das
comemorações dos seus 80 anos de nascimento foi
homenagem na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro
recebendo a Medalha Tiradentes, de que foi orador o
musicólogo Ricardo Cravo Albin; foi lançado no Festival
do Rio o filme "Cauby - Começaria tudo outra vez", de
Nelson Hoineff, e realizou no Teatro Oi Casagrande seu
primeiro show no Rio de Janeiro em oito anos, com casa
lotada. Em 2012, foram lançadas pelo selo Discobertas
duas caixas com seis CDs cada uma reunindo gravações do
cantor realizadas entre 1968 e 1995. Estão presentes nas
caixas os LPs "O explosivo", de 1969, "El explosivo",
também de 1969, voltado para o mercado latino,
"Superstar", de 1972, "Cauby", de 1976, "Cauby", de
1979, "Cauby, Cauby", de 1980, "Um drink com Cauby e
Leny", de 1968, "Cauby", de 1968, além de dois CDs que
foram batizados de "Raridades" com gravações inéditas de
compactos e registros esparsos. No mesmo ano, comemorou
dez anos de apresentações ininterruptas, todas as
segundas-feiras no Bar Brahma, na esquina entre as
avenidas Ipiranga e São João, tendo sido foco de
reportagem na Revista de Domingo do jornal O Globo. Em
2013, lançou pela Lua Music o CD "Minha serenata",
gravado ao vivo no Teatro Fecap, em São Paulo, no qual
cantou clássicos da seresta como o "Rosa", de
Pixinguinha, "Três lágrimas", de Ary Barroso, "Velho
realejo", de Custódio Mesquita E Sadi Cabral; "Quase que
eu disse", de Silvio Caldas e Orestes Barbosa, e "Lábios
que eu beijei", de J. Cascata e Leonel Azevedo; além de
músicas mais recentes como "A Flor e o cais", de Wagner
Tiso e Geraldo Carneiro; "Eterno rouxinol", de Sueli
Costa e Abel Silva, e "De volta pro aconchego", de
Dominguinhos e Nando Cordel. No mesmo ano,
apresentou-se, juntamente com Agnaldo Rayol, no Teatro
NET Rio, interpretando sucessos como "Eu sonhei que tu
estavas tão linda", de Lamartine Babo, "Granada", de
Agustín Lara, "Guerreiro Menino", de Gonzaguinha, e "A
voz do violão", de Francisco Alves e Horácio Campos,
entre outras. Ainda em 2013, foi duplamente premiado no
24º Prêmio da Música Brasileira recebendo os troféus de
"Melhor cantor" e de "Melhor disco popular", pelo CD
"Minha serenata". No mesmo ano, lançou o CD "Cauby Sings
Nat King Cole", no qual interpretou músicas consagradas
na voz do cantor norte americano, entre as quais,
"Unforgettable", de Irving Gordon. O CD, que foi
produzido por Thiago Marques e contou com direção
musical do pianista Daniel Bondaczuk, reproduziu na capa
um foto do cantor ao lado de Nat King Cole da época em
que, com o nome de Ron Coby, tentou carreira artística
nos Estados Unidos. Em 2015, foi homenageado com o
lançamento do filme "Cauby - Começaria Tudo Outra Vez",
de Nelson Hoineff, uma cinebiografia do ídolo com
entrevistas e registros de shows raros, inclusive
realizados nos Estados Unidos no final dos anos 1950. No
mesmo ano, lançou o CD "A bossa de Cauby Peixoto",
produzido por Thiago Marques Luiz para o selo Biscoito
Fino, no qual interpretou "Dindi", de Tom Jobim e
Aloysio de Oliveira;; "Até quem sabe", de João Donato e
Lysias Ênio; "Este se olhar", de Tom Jobim; "O amor e a
paz", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes; "Preciso
aprender a ser só", de Marcos Valle e Paulo Sérgio Vale;
"Wave", de Tom Jobim; "Razão de viver", de Eumir Deodato
e Paulo Sergio Valle; "Samba do avião", de Tom Jobim, e
"Eu e a brisa", de Johnny Alf, faixas em que foi
acompanhado por Alexandre Vianna, no piano, Deco Telles,
no baixo, e Humberto Zigler, na bateria, além de "Ilusão
à toa", faixa na qual teve o acompanhamento de Ronaldo
Rayol ao violão. Em 2016, retornou ao Teatro Bradesco,
em São Paulo, ao lado da cantora Angela Maria no show
"120 Anos", no qual ambos comemoram os respectivos 60
anos de carreira. Acompanhos pelos músicos Alexandre
Vianna, piano, Eric Budney, baixo, Ronaldo Rayol,
violão, Jabes Felipe, bateria, Michel Machado, percussão
e Marcelo Monteiro, sopros , interpretaram sucessos como
"Vida da Bailarina", "Cinderela", "Gente Humilde",
"Bastidores", "Babalú" e "Conceição".